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Foto do escritorTheraÁxis

Janeiro Roxo e Branco - vamos falar de hanseníase e saúde mental.

O Janeiro Roxo tem o objetivo de promover discussões sobre a Hanseníase, uma doença milenar, crônica e curável, que ainda carrega tantos preconceitos. Discutir a enfermidade é promover conhecimento para a população, reforçando a necessidade do diagnóstico precoce para diminuir a possibilidade de sequelas graves e incapacitantes.

O Ministério da Saúde informa que o Brasil é o segundo país no mundo com o maior número de casos, ficando atrás apenas da Índia. A doença acomete mais homens do que mulheres, embora essa diferença venha reduzindo com os anos. A Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) estima que cerca de 30 mil novos casos são detectados anualmente! E a entidade explica que o período de incubação da hanseníase pode ser longo (de 02 a 10 anos). Para que exista a contaminação, é necessária a exposição prolongada à bactéria, sendo que dentre os infectados, apenas uma pequena parcela realmente adoece e apresenta sintomas. A transmissão ocorre por meio das vias aéreas superiores, via contato com secreção nasal ou gotículas de saliva.

Os sintomas da doença incluem inchaço ou surgimento de “caroços” no rosto, orelhas, cotovelos e mãos; entupimento nasal constante, que pode ser associado a sangramento e feridas; redução ou ausência de sensibilidade ao frio, calor, dor e tato; além de manchas em qualquer parte do corpo, as quais podem ser pálidas, esbranquiçadas, amarronzadas ou avermelhadas. Há também relato de partes do corpo adormecidas. Deformidades, especialmente em mãos, pés, nariz e orelhas podem ocorrer, e, em casos mais avançados, perda dos ossos em extremidades.

Os postos de saúde ou as equipes de saúde da família estão preparados para auxiliar, proceder exames, ofertar orientações e iniciar o tratamento. Quando o diagnóstico for confirmado, deve-se orientar as pessoas com quem teve contato próximo e regular para que também procurem atendimento médico e sejam examinadas.

Ao iniciar o tratamento, o paciente deixa de ser transmissor da doença. A duração do tratamento depende da forma da doença, estendendo-se de 06 (seis) meses para as formas mais amenas até 24 meses para as mais graves, resistentes ou quando se inicia a terapia tardiamente. É gratuito no Brasil e oferecido integralmente pelo Sistema Único de Saúde. E apesar de ser uma doença infecciosa, o tratamento promove a cura.


Já a Campanha Janeiro Branco, que se espalhou por todo o Brasil e alguns outros países do mundo, como Angola, Japão, Colômbia, Estados Unidos, Portugal e Holanda, virando Lei em alguns estados e municípios brasileiros, tem como objetivo chamar a atenção da humanidade para as questões e necessidades relacionadas à Saúde Mental e Emocional das pessoas e das instituições humanas.

Em tempos de prolongada pandemia, de crises sanitárias, sociais, políticas, ecológicas e econômicas em escala global, o mundo pede Saúde Mental. No Brasil, de acordo com uma pesquisa do Instituto FSB, 62% das brasileiras e 43% dos brasileiros afirmaram que a saúde emocional “piorou” ou “piorou muito” durante a pandemia. Em um recente estudo realizado pela FIOCRUZ e outras seis universidades nacionais, enquanto 40% da população brasileira apresentavam sentimentos frequentes de tristeza e de depressão, outros 50% da mesma população apresentava frequentes sentimentos de ansiedade e nervosismo. Em relação às faixas etárias iniciais de vida, uma pesquisa conduzida pelo UNICEF/Gallup mostrou que 22% dos adolescentes e jovens brasileiros de 15 a 24 anos se sentem deprimidos ou têm pouco interesse em “fazer coisas”

 

Fonte: Ministério da Saúde

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